Um pedacinho da minha história



Olá Pessoas!!!

Eu sou Keila Crystini, tenho 21 anos, moro no interior de Pernambuco e recentemente consegui uma grande vitória: passei no vestibular de Medicina na Universidade Estadual de Pernambuco (UPE).


Desde a época do meu ensino fundamental já tinha vontade de ser médica, no entanto, com a chegada do ensino médio, fui arrasada por uma enchente de negativismo ao ser subestimada por alguns diante de tal sonho. Ao finalizar todo o colegial, consegui êxito em alguns vestibulares, passei em Agronomia, Med Veterinária, Biologia e Geografia; mas não quis cursar nenhum,  pois ainda escondia dentro de mim a vontade de alcançar o que me parecia utopia. 

Apesar de tudo, não declarei o que de fato almejava. Como eu ligava muito para as opiniões alheias, decidi fazer um curso Técnico em Informática para não ficar parada (putz, nada a ver rsrsrs) imaginando que seria fácil e resolvi me preparar para o vestibular só em casa. Grande ilusão, acabei envolvendo-me demais no curso, não foi tão simples como achei (sou um pouquinho perfeccionista, sabe?), e como consequência não me dediquei como deveria para o exame do final do ano. Mesmo assim atingi uma nota superior a do ano antecedente, consegui entrar em Fisioterapia na UFPB. Por muitas vezes falava para mim mesma: se não conseguir medicina, passando em fisio estarei feliz. Outro grande engano, acabei me nivelando por baixo, pois preferi o plano B em vez de dar prioridade ao que de fato queria. Resultado: fui cursar. 

Diante de tal acontecimento, mobilize minha família e fui morar na casa de tias na capital da Paraíba. No início, tudo era novidade, estava me adaptando as mudanças de ritmo do ensino médio para faculdade e até mesmo ao lugar. Pronto, assim se passou o primeiro período. No segundo, tive a fantástica experiência de estudar Neuroanatomia e a Fisiologia do Sistema Nervoso, tive o prazer de adquirir pequenas noções sobre o funcionamento do cérebro. Dentre elas, destaco aqui uma propriedade que me chamou muita a atenção: Plasticidade Neural (Capacidade que os neurônios têm de formar novas conexões a partir de experiências e comportamentos). Eu interpretei tal conceito da seguinte forma: quanto mais informações colocamos no nosso cérebro, mais espaço temos para armazenar novas aprendizagens. Apoiado nessas novas descobertas, vários questionamentos a respeito do mundo que escondo em meu crânio começaram a surgir.  

Comecei, então, a indagar-me a respeito do desenvolvimento da capacidade intelectual. Procurei o assunto na internet, foi onde tive acesso a uma publicação que falava sobre um estudo realizado com a massa encefálica de Albert Einstein. A pesquisa constatou que não haviam diferenças notórias do cérebro do grande cientista para o da  maioria da população. Nesse momento, algumas frases começaram a se encaixar melhor, fazer mais sentido para mim: 



Sei que para alguns essas citações são óbvias, mas antes tinha minha mente fechada para mim mesma, não acreditava no meu potencial, acabei dando ouvidos para alguns que também não acreditavam em mim. Nesse momento cabe mais uma frasezinha: 



Diante de toda a expansão que estava surgindo em minha mente, tomei coragem de desafiar as minhas limitações e ir em busca do meu verdadeiro sonho. Claro que não foi de uma hora para outra, fiquei meses martelando isso. Na metade do segundo semestre, a UFPB entrou em um período de recesso (enquanto todas as outras federais mantinham suas atividades normais - e é ai que digo que entrou a mãozinha de Deus) era final do ano de 2013, e esse tempo foi crucial para que a decisão fosse tomada. Abandonei o curso de Fisioterapia e voltei para casa.

No primeiro ano dedicado à medicina, não fiz cursinho, fiquei estudando só em casa através de cursos online. Foi um ano muito conturbado: abalos aconteceram na esfera sentimental de minha vida, meus pais entrara em uma dívida enorme devido a uma traição da própria família e minha mãe enfrentou um sério problema de saúde. Aquele foi um ano que prejudicou muito o meu foco. Só para ter uma certa noção, minha mãe foi operada dois dias antes do ENEM (foi tenso). 


No segundo ano, tudo fluiu muito bem (graças a Deus). No começo, eu decidi estudar a semana em casa e fazer o cursinho só no sábado - a dívida ainda vigorava -, mas fui agraciada com uma bolsa integral no Cursinho da DoHora que muito me ajudou. E esse foi o ano da vitória. 

Tem muita história ainda para contar (rsrsrs), mas acho que já deu conhecer um pouquinho da minha trajetória. Vou ficando por aqui. 



Um forte abraço

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