A vida, a morte e a evolução

"Entre o visível e o desconhecido

Entre o socialmente aceitável e o socialmente temido

Entre aquilo que os olhos veem e o que a espiritualidade nos leva a crer

Entre a vida e a morte ..." (um pensamento solto)

É perturbador pensar na morte quando a visualização desse processo significa o fim. Será mesmo o fim? Qual o sentido de alguns passarem por um processo de adoecimento (dos mais variados) e outros terem um fato trágico como o marco de sua morte?

Inquietação...

Mas qual o sentido de se questionar sobre a morte sem uma definição clara do que é a vida? Viver seria o simples ato de existir, do nosso organismo manter a homeostase, o nosso consciente buscar por uma vida socialmente confortável ou está muito além disso?

Infinitas são as respostas para tais questionamentos...

Contudo, isto vem me ajudando a ter um equilíbrio frente a essas questões perturbadoras: a ideia ligada a evolução... Os animais evoluíram... O ser humano evoluiu... A sociedade evoluiu... A ciência evoluiu... E a natureza, à sua maneira, recicla, tem uma força incrível de renovação, reutilização. Tudo é para a evolução ...

Mas evolução de que? Partido da premissa da existência de algo superior a nós e que esse proporcionou a cada ser um espírito/alma que é eterno(a); a falência dos órgãos não dita a falência do eterno que nos habita.

Cada indivíduo está vivendo em um nível de evolução, no nível daquilo que já evoluiu. E o que seria a vida? Um processo que proporcionará ainda mais progresso em nosso ser que é eterno e que já aprendeu algumas coisas (isso explicaria personalidades tão singulares percebidas desde a infância, viemos com uma bagagem de conhecimento já que a eternidade não iniciou no dia do nosso nascimento). Mas cada um ainda possui necessidades únicas e diferentes de aprendizagem para seu progresso.

Essa necessidade de evolução dita os acontecimentos ao longa da vida (claro e óbvio, influenciada por nossas escolhas), sendo as intempéries oportunidades e estímulos para o aprimoramento do eterno que existem em nós. 

Por isso, o processo de adoecimento seria mais uma, entre várias, oportunidades de amadurecimento do espirito/alma, logo, deve ser vivido com paciência e resignação tendo em vista que é mais uma bagagem que será levada e validada na eternidade. 

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A beleza do cuidado paliativo não consiste na contribuição para uma pessoa que retornará para o médico pelo bom atendimento prestado, mas na colaboração com um ser eterno que está fechando um ciclo de desenvolvimento para a abertura de um outro. 

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Que viagem maluca eu fiz aqui!!! kkkk

Se isso é verdade ...? Bem, não sei. Mas pensar assim me ajudou muito a enxergar os acontecimentos na minha existência e na de outras pessoas de maneira mais equilibrada, mais serena...